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Cerca de um ano atrás, a Ellan, empresa especializada em móveis para aplicações profissionais, me pediu que fizesse um estudo de quais seriam os móveis mais adequados para a instalação de sistemas de CFTV, visto que ela tinha a intenção de entrar nesse mercado.
Primeiramente, é necessário entender a topologia de um sistema de CFTV e como suas partes se distribuem conforme a aplicação.
Basicamente, um sistema de CFTV pode ser dividido em 3 blocos: AQUISIÇÃO, GRAVAÇÃO e MONITORAMENTO/BUSCA:
No bloco AQUISIÇÃO estão as câmeras, responsáveis pela captura das imagens, que serão enviadas através de cabos ao bloco GRAVAÇÃO, onde serão armazenadas.
As imagens ao vivo ou armazenadas serão visualizadas no bloco MONITORAMENTO / BUSCA, onde estão os monitores e os operadores do sistema.
Os 2 blocos dentro do retângulo vermelho normalmente ficam no mesmo local, em uma sala denominada central de segurança ou sala de monitoramento.
As câmeras normalmente ficam distantes dessa sala, instaladas nos pontos a serem monitorados e suas imagens são levadas são enviadas por cabos até a central de segurança
Porém, as funções de GRAVAÇÃO e MONITORAMENTO / BUSCA não consistem apenas na aquisição de equipamentos de gravação (DVRs, NVRs, servidores de arquivos, etc.) e monitores para visualização das imagens; existem outros fatores a considerar, que são os itens em vermelho no diagrama acima:
Racks para instalar os equipamentos
Consoles de trabalho adequadas à função
O problema é que, normalmente, os clientes não estão dispostos a investir mais nesse quesitos e passam a improvisar, pois já investiram muito no sistema de segurança, que na opinião deles é o que importa.
“Tá funcionando bem assim.”
“O resto a gente vê depois.”
“Não tenho orçamento para isso agora...”
Não importa o tamanho da obra nem seu nível de sofisticação; na grande maioria das salas de monitoramento que visitei, os equipamentos estavam jogados em cima de mesas, prateleiras, fixados na parede ou até jogados dentro do forro.
E a fiação que os interligava era uma verdadeira confusão, algo parecido com as instalações abaixo:
Esse tipo de instalação, que a princípio é bastante econômica para o cliente – e é aceita pelo instalador, pois não quer perder a obra -, acaba se tornando uma verdadeira dor de cabeça para ambos.
Certamente quem fez essas instalações é chamado para manutenção sempre que alguém faz uma limpeza no local, pois acaba desconectando algo ou até partindo um cabo.
Uma instalação bem feita deve evitar o fácil acesso ou manipulação acidental dos equipamentos e do cabeamento.
Como?
Acondicionando os equipamentos em racks ou painéis de comando;
Não deixando qualquer cabo a vista, protegendo-o com canaletas, eletrodutos, calhas, etc.
Ao finalizar uma instalação, verifique se não ficou nada solto ou exposto à manipulação pelos usuários, equipe de limpeza, etc.
Esse cuidado irá garantir que você não precisará voltar à obra para reparar cabos partidos ou desconectado acidentalmente.
Ergonomia é a ciência que estuda as relações entre homem e máquina, visando a uma segurança e eficiência ideais no modo como um e outra interagem.
Porém, da mesma forma que acontece com os equipamentos, operadores são instalados em móveis velhos (escrivaninhas, mesas, etc), sentados em cadeiras velhas, quebradas, olhando para monitores instalados na altura inadequada.
A função de um operador é ser os olhos do sistema; deve estar sempre atento às imagens nos monitores para detectar qualquer atividade suspeita ou fora do normal.
Se estiver desconfortável, sentindo dores, não conseguirá se concentrar totalmente em sua função.
Por isso a altura da mesa é muito importante. A posição que seus braços ficam em relação ao teclado pode lhe causar desconforto e até tenossinovite.
A altura dos monitores também é importante; a mesa deve oferecer um ajuste de altura para que cada operador coloque o monitor na altura que achar mais confortável.
Além disso, ele tem que estar confortavelmente instalado, em uma cadeira onde possa passar o dia inteiro sentado, sem sentir dores.
A figura abaixo, à direita, mostra uma situação errada e suas consequências, onde se procurou economizar, ignorando a ergonomia:
Já vi empresas que tiveram problemas com essa situação, que acabou levando vários funcionários a se afastarem para recuperação por ordem médica.
A grande incidência de funcionários em licença médica fez com que um fiscal visitasse a empresa, que acabou sendo multada.
A imagem da direita mostra a situação correta, com o funcionário trabalhando confortavelmente instalado, graças à escolha do mobiliário correto.
Enquanto móveis de escritório são utilizados apenas durante o horário de expediente, ou seja, cerca de 8 horas por dia e somente em dias úteis, consoles de operação de sistemas de CFTV são solicitadas durante 24 horas diárias / 7 dias semanais.
Daí a necessidade de móveis mais resistentes, adequados à esse esforço contínuo.
Fora os aspectos ergonômicos, esse é outro motivo para não se usar móveis comuns nessas aplicações.
A princípio, a opção por móveis e cadeiras comuns de escritório parece ser a mais econômica.
Porém, logo se percebe que a necessidade de substituição constante - devido a sua rápida deterioração-, faz com que a escolha de móveis mais resistentes a esse tipo de utilização, acabe sendo a opção mais econômica.
Não existe uma única solução de sistema de CFTV que atenda todas as situações.
Sua topologia varia com o tipo de cliente, instalação, finalidade, etc.
E uma das partes mais importantes desse estudo foi identificar as diferentes situações e definir a topologia mais adequada para cada uma.
As principais topologias são (as soluções foram apresentadas para sistemas analógicos, com DVR. Para uma solução IP, basta trocar o DVR por um NVR + switch):
Normalmente são apenas 4 ou 8 câmeras, podendo chegar a 16.
O NVR ou DVR fica escondido em um armário, no teto ou no móvel da televisão da sala.
As imagens são eventualmente visualizadas nas TVs da residência ou via Smart Phones.
Não existe uma sala de monitoramento com um operador olhando constantemente para as imagens.
Não necessita de mobiliário específico. No máximo um mini rack para acomodar DVR, fonte e baluns.
Condomínios ou residências de alto padrão costumam ter guaritas 24 horas, onde operadores ficam monitorando as imagens das câmeras. Nestes casos, o DVR costuma ficar dentro da guarita.
Pela escassez de espaço, normalmente este tipo de instalação não contempla mais do que 32 câmeras (2 DVRs, 2 monitores).
A configuração ideal para oferecer a esse cliente seria uma mesa com um ou dois monitores e um rack embaixo da mesa para acondicionar os DVRs.
Para guaritas muito pequenas, é utilizado apenas um rack menor, suspenso, fixo à parede ou embaixo da bancada existente no local.
O sistema de CFTV não está instalado na guarita, mas em uma sala de segurança monitorada. É uma solução melhor do que a anterior, pois o DVR não fica exposto.
Sendo assim, o rack ficará na sala de segurança e a mesa na guarita.
Os monitores, mouses e teclado PTZ são levados até a guarita através de cabos extensores. Seria a configuração MESA no diagrama abaixo:
Quando existem operadores na sala de segurança.
A guarita recebe as imagens da sala de segurança através de um software de monitoramento remoto rodando em um computador conectado à rede.
Pode existir mais de um monitor conectado à esse PC, já que softwares de monitoramento remoto aceitam vários monitores, podendo exibir até 100 câmeras simultaneamente em cada monitor. Seria a configuração GUARITA no diagrama abaixo:
Pode ser de 2 tipos:
1- Com guarita
O monitoramento é feito na guarita e na sala de segurança fica apenas o rack, conforme a parte central do diagrama abaixo:
2- Sem guarita
Situações onde não é importante monitorar as imagens ao vivo, somente gravá-las para pesquisa posterior de eventos.
Neste caso, não existe mesa, somente o rack, e se utiliza apenas um monitor, que normalmente fica sobre o rack.
Se o sistema possuir mais de um DVR, é utilizado um chaveador de monitor e mouse, que também ficará dentro do rack.
Também é comum instalar-se o no-break dentro do rack.
As centrais de monitoramento podem concentrar qualquer um dos tipos de sistemas aqui explanados, sendo que elas recebem as imagens desses sistemas via rede.
Câmeras IP individuais também podem se conectar via rede diretamente aos NVRs e servidores rodando software VMS instalados na central de monitoramento.
Nesta configuração é necessário cotar-se:
• Racks para os NVRs (com a profundidade adequada);
• Suportes para os servidores PC torre (ou racks, se forem no padrão rack 19”);
• Suportes para os monitores. Podem ser individuais ou formando uma video wall.
Em muitos casos, como na foto abaixo, existem também várias estações separadas,compostas de PC, monitor(es) e mouse.
Para atender todas as topologias acima, serão necessárias as seguintes opções:
Atende a opção guarita.
Para todas as opções onde a guarita monitora o sistema remotamente através de software de monitoramento.
Como extensão das opções acima, caso seja necessário acomodar mais monitores / operadores.
Ou para as opções onde os monitores, mouses e teclado PTZ são levados até a guarita através de cabos extensores.
Para salas de monitoramento
Para residências ou guaritas muito pequenas
Como resultado do estudo, foi criada uma linha de mobiliário dedicado a atender as necessidades / exigências de quem instala e opera sistemas de CFTV.
Apenas as consoles de operação tiveram que ser desenvolvidas, pois os racks já fazem parte da sua linha atual de produtos.
OS móveis desenvolvidos passaram por um estudo de ergonomia e encontram-se em conformidade com a Lei 6.514, portaria nº 3214/NR17
As soluções desenvolvidas foram:
Suporte ajustável para monitor e calha de passagem dos cabos
Os suportes têm altura ajustável e deslizam lateralmente pelo trilhos
Para passagem dos cabos, foi prevista uma calha com tampas bipartidas removíveis, que fica logo à frente dos suportes para monitores.
Compartimento inferior para passagem de cabos
Sob cada console de operação, ao fundo, existe um compartimento para passagem de cabos (está oculto atrás da chapa perfurada na foto abaixo)
Os móveis desenvolvidos serão fabricados e construídos em cima dos mais rigorosos padrões de qualidade (nacionais e/ou internacionais) e normatizações, para suportar um esforço de 24horas X 7 dias semanais....365 dias no ano, durante no mínimo 5 anos.
Por isso, seu banho, sua pintura (micragem, aderência e cura....), seus tampos, estruturas e os revestimentos laminados melamìnicos dos tampos utilizam requisitos técnicos de alta performance, tanto de produtos como de processos de fabricação, a fim de suportar este tipo de trabalho e exposição para uma vida útil de no mínimo 05 ( cinco) anos.
Além de serem flexíveis e ergonômicos, foram desenvolvidos visando receber as tecnologias de hoje e futuras.
Adequados para equipamentos + cabeamento de CFTV, dados, lógica, voz, telefonia, elétrica, equipamentos de informática (monitores e CPUs) e telecomunicação.
Suas estruturas são modulares, resistentes e inteligentes, garantindo rigidez, robustez, leveza (podem ser usados em salas com piso elevado) e longevidade (garantia de 5 anos).
Características principais:
• Revestimento em laminado melamínico baixa pressão(BP);
• Pés estruturais retangulares em chapa de aço de 2,0mm com reforço interno e parafusos niveladores;
• Calhas de cablagem unificadas no compartimento inferior;
• Calhas superiores com tampas bi-partidas para passagem e acesso ao cabeamento;
• Capacidade estática dos tampos de até 100 Kg;
• Altura do tampo: 760 mm;
• Tratamento especial e anti-oxidante das chapas ferrosas e alumínios, através de processo nanocerâmico( nanotecnologia ):
• Pintura eletrostática à pó a base de resina poliéster com espessura minima de 80 microns e grau de aderência GrO, aeguindo a Norma ASTM B 117 resistência à corrosão com os testes realizados com duração de 500 hs ou mais de exposição e os resultados de avaliação comparativa seguindo as Normas DIN 53156 (penetração da corrosão);
• Pés niveladores, com rosca M12 e cabeça sextavada, injetada em nylon, e com sistema de nivelamento de altura através de chave sextavada.
O rack pode ser substituído por um suporte para CPU.
Este artigo foi elaborado com a colaboração do Sr. J. Nardini, diretor da Ellan
Set/2016
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