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Cabeamento: Dicas práticas de instalação

 

Por Eng. Claudio de Almeida

 

Algumas verdades sobre cabeamento que você talvez não soubesse ou não tinha percebido:

 

1 - Segundo estudos recentes, problemas no cabeamento são responsáveis por 67% dos chamados de manutenção.

 

2 - O cabeamento e a infraestrutura necessária para sua passagem tomam 80% do tempo de instalação de uma obra.

 

3 - O cabeamento é a parte mais difícil de ser substituída por erro de projeto; você pode facilmente trocar uma câmera que não ficou boa, um DVR que não atendeu as expectativas do cliente, etc., mas o cabeamento, uma vez instalado, se tiver que ser substituído, o prejuízo será enorme, principalmente se o diâmetro dos eletrodutos instalados não suportar o aumento necessário na bitola do cabeamento.

 

Sim, o cabeamento é muito importante. Já comentei isso aqui.

 

Então pare de pensar que cabo é tudo igual e na hora de comprar, perguntar: - Qual é o mais barato?

 

E o cabeamento deve ser o mais transparente possível, porque

 

NÃO IMPORTA O QUE SAI DA CÂMERA; O QUE IMPORTA É O QUE CHEGA NA OUTRA PONTA

 

Para o cliente não interessa se você escolheu a melhor câmera do mercado se a imagem que ele estiver visualizando no monitor (e gravando) não tiver a qualidade que você prometeu.

 

Se você escolher um cabo de má qualidade, estará jogando fora a resolução da câmera no cabo que a conecta ao DVR.

 

Então qual cabo escolher?

 

Cabo coaxial ou cabo UTP com balun?

 

Coaxial, certamente!

 

Por que não UTP?

 

1 -  O uso de cabo UTP com balun foi uma gambiarra inventada a cerca de 20 anos atrás, que na época se justificava porque a única opção de cabo coaxial mais fino disponível era o RG 59, de 6,25 mm de diâmetro.

 

Então enviar o sinal de até 4 câmeras por um único cabo UTP, que ainda era mais fino que o RG59, era uma excelente opção.

 

Porém, hoje em dia, com os cabos de 4mm de diâmetro e até menos, 3,3 mm, não se justifica mais o uso de cabos UTP com balun, salvo algumas exceções.

 

2 - O uso de baluns diminui o MTBF da obra, pois acrescenta mais 2 itens para dar defeito, se comparado com o cabo coaxial.

 

3 - O tipo de conexão que os baluns de vídeo utilizam - borne de pressão, parafuso ou conector RJ45 -, não são adequadas para uso outdoor, os baluns teriam que ser montados em caixas herméticas com proteção IP66, o que pode encarecer a obra.

 

4 - Já ouvi muito essa frase: "Para distâncias de 80 até 300 m, o uso de cabos UTP com balun é mais recomendado que o cabo coaxial"

 

Para comprovar se isso é verdade, injetei um sinal de vídeo padrão em 100 e 200 m de cabo coaxial  3,3 mm e cabo UTP com baluns, ambos de cobre puro.

 

Os gráficos abaixo mostram o resultado dos testes:

 

   

   100 M DE CABO COAXIAL 3,3 MM                                                         100 M DE CABO UTP  COM BALUNS

 

   

                    200 M DE CABO COAXIAL 3,3 MM                                                       200 M DE CABO UTP  COM BALUNS

 

Repare como o nível de ruído no cabo UTP para 100 m de distância, é muito maior que no cabo coaxial, mesmo  se dobrarmos  o comprimento do cabo coaxial.

 

Então esqueça essa bobagem! O cabo coaxial, não importa a distância, SEMPRE terá uma performance melhor que o cabo UTP com baluns.

 

Além disso, neste outro teste que fiz, com 2 tipos de cabo UTP, pode-se ver que nem o melhor deles mal chegou à 300 m de distância...

 

Mas qual cabo coaxial devo escolher?

 

1 - Essa é outra bobagem que ouço muito: Que até 80 m é melhor usar o cabo coaxial 4 mm flexível bipolar.

 

Cuidado ao escolher esse cabos bipolares de 4mm + 2 x 26 AWG, pois muitos deles não foram projetados para uso em CFTV, utilizam condutor central flexível de alumínio cobreado, mais adequado para uso em RF., já que sua resposta de frequência vai de 55 MHz a 2 GHz, muito acima da resposta de frequência de um sinal de vídeo analógico HD, que vai de 0 a 50 MHz.

 

Além disso, esse par de alimentação, de apenas 2 x 26 AWG, foi originariamente projetado para alimentar o LNB de antenas parabólicas, que têm um consumo muito baixo de corrente. Em CFTV, não conseguem alimentar câmeras a mais de 15 metros de distância. Eu provo isso aqui.

 

2 - Cabos para CFTV devem ser de cobre puro. Eu explico o porquê aqui.

 

Então escolha sempre um cabo coaxial que tenha o condutor central de cobre puro. E de fio rígido, de preferência.

 

3 - Sempre verifique, nas especificações do cabo que pretende utilizar, qual é a sua resposta de frequência ou, no mínimo, sua tabela de atenuação. Veja aqui um exemplo.

 

Se o fabricante do cabo não fornecer essas informações, escolha outro cabo. E outro fabricante, se necessário.

 

OBS.: Se for um cabo projetado para uso em CFTV, a tabela de atenuação deverá começar em 1 MHz. As tabelas de cabos para uso em RF já começam em 5 ou 10 MHz e vão até 1000 MHz.

 

4 - Escolha a bitola do cabo coaxial de acordo com a tecnologia (AHD, HD-CVI ou HD-TVI), a resolução (720p ou 1080p) e a distância que a câmera vai ficar.

 

Veja aqui as tabelas de alcance para alguns cabos que já testei.

 

4 - A malha deve ser de cobre 95%, se for blindagem simples. Mas prefira os cabos de dupla blindagem (malha com fita de alumínio), pois a blindagem nesse caso é de 100%, já que a fita de alumínio cobre totalmente o dielétrico.

 

E o conector?

 

1 - Prefira sempre um conector BNC de compressão ou de crimpagem, pois eles têm um MTBF muito maior que seus equivalentes de solda ou parafuso.

 

2 - Nunca use conectores de borne!

 

Esse tipo de conector, pela fixação do cabo coaxial ser por bornes de parafuso, não respeita o casamento de impedância, além de deixar o sinal de vídeo desprotegido contra interferências.

 

Além disso, essa conexão tem um MTBF baixíssimo, pois é muito suscetível a mau contato.

 

 

Veja outras dicas aqui

 

Out/2018

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